TÓPICOS DE MITOLOGIA(I) MITOLOGIA, MEDICINA E SAÚDE

Paulo Eduardo Ribeiro dos Santos Novaes

Resumo


RESUMO

O conjunto de mitos, entidades divinas ou fantásticas, lendas contados pelas civilizações antigas exerceram enorme influência sobre a concepção das doenças e de seus processos curativos, estando intimamente relacionados à medicina e à saúde. Por meio deles os antigos buscavam respostas para os problemas do dia a dia, procurando a comunicação com os deuses. Na Mitologia grega, os deuses eram irmãos ou parentes entre si, poligâmicos, antropomórficos e o mais influente era Zeus, senhor dos Céus e do Olimpo, dos trovões e da chuva. Seu filho Apolo era o deus da luz, do raciocínio claro, da harmonia, do equilíbrio, da verdade e da saúde. Conta a historia que Apolo em uma de suas incursões à terra, apaixonou-se pela mortal Corônis e a engravidou. Este fato suscitou a ira de Zeus, que mandou matá-la. Apolo, entretanto, conseguiu salvar seu filho e mandou-o para ser educado pelo centauro Quirón. Este menino recebeu o nome de Asclépio e tornou-se profundo conhecedor dos ensinamentos médicos e hábil no processo de entendimento das doenças e de cura. Sua fama expandiu-se por todo o mundo grego, passando a ser considerado o Pai da Medicina e deificado após sua morte. Os filhos de Asclépio também se dedicaram à arte de cuidar e dentre eles, suas duas filhas, Higeia e Panacéia, também ganharam notoriedade na atenção aos enfermos. Panacéia representa a medicina curativa, a prática terapêutica baseada em intervenções sobre o indivíduo doente. Higéia representa a saúde e o ambiente, a harmonia que deve ser atingida através de medidas preventivas cuja ação se estende ao coletivo. Higeia passou a ser cultuada como a deusa da saúde e da higiene.


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ISSN - 2525-5827