PRECONCEITO E MOTIVAÇÃO PARA APRENDIZAGEM EM DISCENTES DO ENSINO A DISTÂNCIA DE UM INSTITUTO FEDERAL

Resumo

Os avanços tecnológicos têm uma série de repercussões para a educação, a exemplo do ensino a distância (EaD). Apesar da popularização dessa modalidade, é comum a existência de estereótipos e preconceitos acerca dela. Tendo em vista a importância do tema, o presente artigo tem como objetivo investigar a relação entre a vivência do preconceito por ser discente do ensino a distância e a motivação para a aprendizagem, tendo como público-alvo discentes de um curso EaD de um Instituto Federal. Participaram desta pesquisa 21 estudantes que responderam a medidas de preconceito e motivação para a aprendizagem e informaram dados sociodemográficos. De forma geral, foram identificados baixos índices de vivência do preconceito, embora expressões dele tenham sido reconhecidas. Sobre a motivação, verificou-se uma prevalência da motivação intrínseca em detrimento da extrínseca na amostra investigada. Uma relação marginalmente significativa entre vivência do preconceito e motivação intrínseca foi identificada, apontando que, quanto maior a vivência do preconceito, menor a motivação intrínseca. Com isso, conclui-se que é preciso que professores e gestores busquem reduzir ainda mais o preconceito contra o ensino a distância como uma forma de impactar positivamente o processo de aprendizagem dos discentes inseridos na modalidade. Acredita-se que a discussão sobre o preconceito contra o EaD pode fazer parte da educação continuada de professores que trabalhem na modalidade.