AVALIAÇÃO DA PROTEÍNA C-REATIVA COMO FATOR PROGNÓSTICO DO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

Gerson Aranha, Jair Ribeiro Chagas

Resumo


O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como qualquer grau de intolerância à glicose com início ou primeiro reconhecimento durante a gravidez. Estima-se que afete 4-14% de todas as gestantes. Atualmente o seu rastreamento é feito pela dosagem da glicemia de jejum no primeiro trimestre da gravidez e pelo teste de tolerância à glicose no segundo trimestre da gestação. Além do fato da resistência à insulina ser caracterizada pela interação de determinantes genéticos, fatores nutricionais e estilo de vida, reconhece-se que os mecanismos inflamatórios estão envolvidos na regulação da ação da insulina. Ao mesmo tempo aumentam as evidências que a proteína C-reativa (PCR) correlaciona-se com os níveis de insulina, sugerindo que a PCR possa ser um preditor do diabetes mellitus tipo 2. Concentrações elevadas da dimetilarginina assimétrica (ADMA) foram encontradas no DMG. Por ser um marcador inflamatório acredita-se que outros marcadores inflamatórios, tal qual a PCR, estejam elevados nas gestantes com intolerância à glicose. Nosso objetivo foi encontrar outro parâmetro que possa com mais segurança rastrear o DMG logo no primeiro trimestre da gravidez, a PCR. O estudo foi conduzido no ambulatório de pré-natal do serviço de saúde do município de São Vicente, com um total de 200 pacientes em rastreamento do DMG. Tais pacientes foram avaliadas de acordo com os critérios da American Diabetes Association e comparadas com a dosagem da PCR. Em nosso estudo não foi possível estabelecer uma relação estatisticamente significativa entre DMG e a PCR, não permitindo recomendar a PCR como um preditor do DMG.

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ISSN - 2525-5827