ANEURISMA APICAL DO VENTRÍCULO ESQUERDO NA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA ATÍPICA APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MULHER PÓS MENOPAUSADA: RELATO DE CASO

Larissa Gomes Peres Bomfim, Vinícius Lúcio Barros, Julliana Ferreira Camara, Tainá Varella Ostrowska, Carlos Vinetou Ayres

Resumo


Relata-se um caso atípico de uma paciente de 65 anos, portadora de cardiomiopatia hipertrófica, forma médio ventricular e aneurisma apical, associado a Doença Arterial Coronariana envolvendo a artéria coronária descendente anterior, com infarto agudo do miocárdio, revascularização percutânea primária e implante de “stent” intracoronário, que representou um desafio diagnóstico e terapêutico. Portadora de hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia e asma, há três meses da entrevista, apresenta sintomas de Insuficiência Cardíaca, compatíveis com classe funcional III da New York Heart Association, mesmo com terapia otimizada. O ecocardiograma demonstrou ainda a presença de gradiente de pressão intraventricular elevado entre a região do aneurisma e a câmara ventricular (em torno de 76 mmHg). A Ressonância Nuclear Magnética confirmou a presença de CMH média do ventrículo esquerdo, “aprisionando” o contraste na região do aneurisma. A espessura da parede do segmento médio do septo inferior mediu 20 mm na diástole e ínfero- lateral 15 mm com área de fibrose miocárdica acometendo o ápice. As opções de tratamento para indivíduos pouco responsivos à terapia otimizada são: aneurismectomia cirúrgica e o implante de marcapasso cardioversor e desfibrilador. Ambos reduziriam o gradiente intraventricular. Entretanto, o procedimento cirúrgico apresenta um risco elevado conquanto que o implante do marca-passo não se aplicaria, pois, a paciente não desenvolveu arritmias complexas e não está certo se reduziria o gradiente intraventricular, um dos fatores responsáveis pelos prováveis sintomas.

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ISSN - 2525-5827