MIGRAÇÕES E TRAJETÓRIAS NA FORMAÇÃO DO SUJEITO: QUANDO O LÁPIS PESA MAIS DO QUE A ENXADA
Resumo
A dissertação da qual origina este artigo tem enquanto objetivo estrutural compreender os significados que as categorias de educação e trabalho assumem ao longo do percurso geracional de famílias aqui consideradas como pertencentes aos batalhadores, nova classe trabalhadora, segundo o referencial teórico de Souza (2009; 2012), produto das transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil principalmente a partir da primeira década dos anos 2000. Para tal feito, foram realizados estudos de caso, utilizando as técnicas de entrevistas semiestruturadas e observação participante, de quatro famílias que além de exibirem características relativas a esta fração social, são compostas por três gerações e apresentam o pressuposto histórico de migração do Estado de Sergipe para a cidade de Santos, situada no litoral do Estado de São Paulo. Além do objetivo principal, são retratados e discutidos aspectos relativos a este espaço migratório, bem como as dinâmicas e estratégias familiares, desenvolvidas em torno da busca pela sobrevivência, notadamente na relação entre trabalho e educação. Foi possível observar que a herança imaterial (BOURDIEU, 1997) das trajetórias anteriores são um importante referencial para as gerações posteriores. Contudo, visualiza-se também, principalmente nas terceiras gerações, como a inserção em novos padrões de consumo e vivência impactaram em suas perspectivas acerca do trabalho e da educação.
Palavras chave: Trabalho, Educação, Família, Migração, Batalhadores.
Palavras chave: Trabalho, Educação, Família, Migração, Batalhadores.
Palavras-chave
formação, migração, trabalho